terça-feira, outubro 31

O Hezbollah das tripas

De todas as facções futebolísticas de Portugal raramente se encontra gentalha do piorio do que no Estádio do Dragão. Uma longa tradição de máfia organizada e fundamentalismo que durante duas décadas trouxe aquilo que há de pior no futebol português. Por vezes a rivalidade de proximidade da segunda circular faz-nos esquecer que o terrorismo mora a norte do Mondego. É um caldeirão explosivo de inveja, inferioridade, ganância e grunhismo militante no seu estado mais puro. Desde o Guarda Abel, até ao Reinaldo Teles estamos a falar de autênticos Sopranos do futebol português, com beijo no cachucho do Padrinho. Ao pé desta camorra, o senhor Veiga e o senhor Vieira são meros carteiristas de autocarro. Isto não apaga os êxitos desportivos da equipa mais bem sucedida da minha geração, mas retira qualquer autoridade moral para indignações de virgens ofendidas.
Ofendidas com o despropositado ataque do presidente do Benfica, despropositado porque ele está longe de ser uma referência ética para lançar esses ataques, mas não despropositado no seu conteúdo. O senhor Pinto da Costa pode continuar a passear no seu Mercedes Classe s, como tantos trafulhas importantes deste país de impunidades, mas toda a gente sabe quem ele é, e não vale a pena os mujahedins das tripas como o senhor Tavares da Bola e o senhor malvado do Sobola andarem para aí a taparem o sol com uma peneira e a desviar conversas.

Agora a indignação dos mujahedins é com a lesão de Andersson e com a arbitragem de Lucílio Baptista. Acho completamente indecoroso um clube que tem na sua galeria de heróis, nomes como João Pinto, André, Paulinho Santos ou Jorge Costa, vir agora a falar de violência no futebol a pretexto da infeliz entrada de Katsouranis sobre Andersson. O que é óbvio é que como qualquer organização terrorista que se preze, o FCP decidiu desviar atenções das suas eminentes dissenções internas com um apelo ao ódio para o "Grande Satã" encarnado.
Para o futebol é lamentável que um talento como Andersson fique afastados dos relvados quatro a seis meses, mas daí a acusar Katsouranis de intencionalidade carniceira vai uma distância longa. Como de costume o fanatismo do Hezbollah tolhe a razão e tolda a vista. O lance é uma entrada dura, mas em tudo igual à que jogadores como João Moutinho, Simão, Quaresma e outros talentos sofrem todas as semanas nos relvados portugueses, perante a maior ou menor complacência de árbitros que não sabem proteger o espectáculo e os verdadeiros artistas. A única coisa que diferencia esta entrada de tantas outras que acontecem todas as semanas são as infelizes consequências. Objectivamente, Katsouranis entra à bola e atinge primeiro as pernas de Andersson, mas do local onde Lucílio Batista está, a visão é de um desvio de trajectória da bola, e por isso, apesar do mau juízo, nem sequer um amarelo foi mostrado a Katsouranis (que podia ter um processo sumaríssimo, na minha opinião).
Ora o que os adeptos do FC Porto deviam perguntar é se também não houve precipitação em lançar neste jogo um jovem de 18 anos como Andersson, acabado de saír de uma lesão e sobretudo um jovem ainda em processo de formação física. A gravidade da lesão não pode ser explicada somente pela entrada dura de Katsouranis, mas também pela capacidade de resistência ao choque do jovem brasileiro.
De qualquer forma, acho que os tripeiros acabaram por ganhar um jogo com sorte (e nunca falei em vitórias morais, caro Malvado, muda de comprimidos, ou de lentes)contra uma equipa vulgar como este meu Benfica, e isso sim é que vos dói. Quanto ao Andersson espero que regresse o mais rapidamente possível e que espelhe o seu talento em muito superior ao carácter dos seus adeptos e dirigentes.

Para quem perdeu

segunda-feira, outubro 30

Tristeza em jeito de balanço

Está Confirmado. Anderson vai ficar afastado dos relvados pelo menos três meses.
Se dúvidas ainda houvessem quanto à importância - para não dizer dependência - do miúdo genial no jogo do F.C. Porto, ela ficou clara no clássico de Sábado. Realmente o Porto foi uma equipa com Anderson e uma outra coisa qualquer após a sua saída. Esta dependência de um jogador não é nada de novo no Porto - basta lembrar Deco - e é algo que qualquer equipa "pequena" da Europa há muito tem que se resignar. É obvio que temos Ibson e Jorginho e que Lucho também pode dar uma perninha naquela posição, mas um criativo genial há um por equipa (à semelhança de Rui Costa no Benfica e João Moutinho no Sporting). Agora, só deus sabe o que vai ser do Porto nos próximos 3 meses...
Mas a tristeza não é apenas pela ausencia daquele que é o motor actual do Porto, é principalmente porque o Porto passou ao lado de uma oportunidade única de se cimentar como um "menos grande" da Europa, de se afirmar como uma equipa saudavel financeiramente e com uma equipa consolidada. A transição pós-mourinho não precisava ter sido tão turbulenta e destrutiva como foi (o culpado foi um Pinto da Costa desesperado para provar que o exito do FCP se devia apenas a ele...).
Senão vejamos: quando fomos campeões europeus houve saídas que eram inevitáveis, Deco, Ricardo Carvalho, Paulo Ferreira e Maniche. Até aqui tudo bem! Com o encaixe financeiro da venda destes 4 jogadores , o Porto podia facilmente continuar a ter uma equipa de nível infinitamente superior a qualquer outra portuguesa e algumas europeias.

A Costinha, Nuno Valente, Jorge Costa e Pedro Emanuel, ter-se-iam juntado na defesa, Pepe, Raul Meireles e Bosingwa. Poderíamos ter ainda comprado mais um defesa com todos aqueles milhões...No meio campo Diego era o sucessor natural de Deco, com um génio chamado Anderson para discutir o lugar (que luxo!), acompanhados por Lucho Gonzalez e Ibson! Lá mais à frente McCarthy devia ter sido vendido (como queria) e para fazer companhia a Quaresma, estaria Pedro Mendes, Derlei, Diogo Valente, Vieirinha, Postiga e Hugo Almeida.
A esta equipa que poderia continuar a dar-nos alegrias, poderia o passivo financeiro ter sido brutalmente reduzido e o Porto sar financeiramente saudável e sem necessidades de vendas (e compras...) avulso época após época...
E pronto, tudo isto que poderá parecer mais que lógico para uma criança portista de 11 anos, não o viu Pinto da Costa, nem ninguém da Direcção do Porto...ao invés foi estoirar a equipa, maltratar Jorge Costa, Costinha e Nuno Valente, vender ao desbarato Pedro Mendes, Diego e Hugo Almeida e comprar, comprar, comprar (Léo Limas, Leandros, do Bonfim e de outro lado, Sonkayas, Marek Chechs, Tariks...etc, etc, etc...)
E o mais triste? A culpa morre solteirona, só, triste e abandonada e nós gritamos Pinto da Costa, olé...

domingo, outubro 29

Siga.

sábado, outubro 28

Para que conste

Para não dizerem que só dou umas biqueiradas quando o Benfica andé em maré alta (o que é raro), aqui vão os meus bitaites sobre o clássico.
O resultado é justo no seu conteúdo e injusto na forma. Eu explico.

É justo porque a primeira meia-hora do FC Porto foi avassaladora, e mostrou a grande fragilidade deste Benfica quando submetido a pressão alta.
Andersson, Quaresma, Hélder Postiga e Lizandro escaqueiraram aquele pseudo meio-campo do Benfica e infernizaram a defesa. O primeiro golo é fortuito o segundo é um hino ao futebol. Ao passar da meia-hora eu e todos os benfiquistas já temíamos ou pior, ou seja, um cabaz deles.

Mas, estranhamente, e sem saber ler nem escrever o Benfica tem duas ocasiões soberanas para fazer um golo, que só não o foi graças a duas extraordinárias defesas do Helton (os guarda-redes também contam), e mais estranhamente ainda, o FC Porto começa literalmente a bater uma sesta.

Na segunda parte, o jogo estava mais aberto porque o FC Porto tinha baixado a pressão e jogava um pouco displicentemente, como que a contar os minutos para a inevitável vitória.
O treinador medricas ajuda, fazendo substituições de retranca, e o Benfica era a melhor equipa em campo, sem que isso se traduzisse em oportunidades.
O golo de Kastouranis foi como um despertador estrindente para um jogo que estava a ficar sonolento, e o Benfica cresceu sobre o FC Porto. Aquela miserável e paupérrima equipa da primeira meia-hora acreditou que era possível empatar e mostrou ambição, que é coisa que por vezes resolve a evidente falta de talento e de fio de jogo que este Benfica mostra.
Com Mantorras em campo, o Benfica joga com outra alegria, outra fé. Mesmo os que gozam com as qualidades trapalhonas do angolano não podem deixar de reconhecer que ele transmite uma energia e um dinamismo contagiante às manobras ofensivas. Em pouco mais de vinte minutos Mantorras fez bem mais do que Kikin (outra fraude) no resto do jogo. O passe a rasgar para a entrada de Nélson que dá origem ao segundo golo é de Mantorras, e a forma como a equipa foi empurrada para a frente foi também da responsabilidade do angolano.
Após o empate foi o Benfica a única equipa a procurar coerentemente a vitória, e só Pepe conseguiu aliviar um pouco a pressão e um golo eminente, mas no fim e completamente contra o rumo dos acontecimentos, o FC Porto acaba por meter outro golo às três tabelas (como fora o primeiro).
Em matéria de bilhar, o resultado é justo e premeia a primeira mgnífica meia-hora do FC Porto, a mostrar que é muito mais equipa e que joga muito melhor à bola do que o Benfica, mas no fim acaba por ser um resultado injusto e castigador para o esforço e fé encarnadas.
Talvez o empate tivesse sido de facto o resultado mais justo, mas o que sobra deste clássico é que apesar da "ressurreição" o Benfica é uma equipa pobre de soluções, pouco imaginativa e sem classe, e que o FC Porto tem talento, mas é arrogante e tem um treinador medroso.
Ambos vão perder muitos pontos e dar muitas desilusões aos respectivos adeptos durante a temporada.
Pronto, é tudo.

PS. Notas individuais positivas no FC Porto para Helton, o gigante Pepe, o genial Quaresma e o surpreendente Postiga, em que nem os próprios portistas acreditavam, e no Benfica para Leo, irrequieto e enérgico lateral e Mantorras, sempre aquela alegria.

Notas negativas para o treinador do FC Porto que quase perdeu um jogo ganho e para um jogadore que só sob a gestão do senhor Veiga e com um treinador como o Sr. Santos tem lugar na equipa do Benfica, o Paulo Jorge que o ano passado era reserva no Boavista e este ano é titular no Benfica.
Sobre a gestão desportiva da direcção eleita com 95 por cento dos votos está tudo dito quando se olha para o banco e se vê o Sr. Veiga rodeado pelo Engenheiro Santos,Beto, Karyaka, Nuno Assis e afins.
Meu pobre Benfica.

sexta-feira, outubro 27

Efeito do jogo Football Manager na Juve Leo

quarta-feira, outubro 25

2º Clássico on the way

segunda-feira, outubro 23

Mais sorte que saber.



O Porto voltou a ficar no balneário na 1ª parte do jogo. Simplesmente inexistiu nos primeiros 45 minutos e não fosse o desafinanço total do ataque sportinguista (e alguma sorte à mistura) e poderíamos ter assistido a uma verdadeira hecatombe tripeira...

Na 2ª parte, acabou-se o gás lagarto e o Porto à custa de muito esforço lá foi contendo os ataques sportinguistas, aproveitando a única oportunidade flagrante de que dispôs para marcar, após um mau alívio do Ricardo. Quanto ao remate do Liedson ao poste/trave, não considero que tenha sido assim tanta sorte do Porto o facto de a bola não entrar, pois a mão do Helton estava lá para a tirar e se não tem batido no poste/trave, provavelmente teria sido defendida. Sorte sim aquela situação (penso que ainda na 1ª parte) em que Liedson chuta contra tudo e todos menos para as redes da baliza, grande momento de aflição!

Uma palavra para dois jogadores: Quaresma, que finalmente quebra o enguiço contra o Sporting; e João Moutinho, de longe o melhor jogador ontem, a única verdadeira classe neste clássico.

quinta-feira, outubro 19

E aí está o 1º clássico!

Uma palavra à Lagartagem

A derrota de ontem frente ao Bayern, deixou-me um gostinho a injustiça. De facto pelo que fez no final da 1ª parte e durante a 2ª parte, o Sporting merecia pelo menos um empate.
Penso que acabaram por pagar o medo pelo "mito" Bayern, que foi claro no inicio do jogo.
Este Bayern definitivamente é uma mera sombra daquele clube que marcou os meados dos anos 90 (para nao ir mais atrás) e os seus miticos embates com o Man. U, um pouco à semelhança do clássico deste inicio de anos zero, o Chelsea-Barcelona (grande jogo ontem com um enorme golo de Drogba).
Abraços aos verdetes.

quarta-feira, outubro 18

Cabeça ou pernas

Já se sabe que um bom treinador, um verdadeiro líder pode fazer de uma dúzia de rapazes jeitosos uma equipa de futebol. O segredo é a motivação, e a fé nas suas próprias capacidades. Há treinadores que sabem induzir isso nos seus pupilos, há outros que não. Também se sabe que uma dúzia de rapazes talentosos podem suprir a falta de um técnico de forte mentalidade competitiva. Ora o Benfica deste ano não tem nem uma liderança forte, nem uma dúzia de rapazes-talento, por isso o resultado vai ser previsivelmente desastroso.
O Sporting tem um treinador que sabe utilizar um discurso motivador de liderança forte e puxar pelos seus empolgantes talentos para lá das suas reais possibilidades- Ou seja, o Sporting é uma equipa que se pode "superar" (ver o jogo com o Inter) e isso dá alegria e confiança aos adeptos, que sabem que uma derrota é apenas um escolho no caminho, não uma tragédia (como o é no Benfica). Não tenho qualquer problema em dizer este ano que tenho inveja de ser sportinguista, por aquele meio-campo de putos-maravilha, pela alegria de jogarem futebol e acreditarem sempre.
O FC Porto tem um treinador mais calculista e frio com um estilo de liderança mais sereno, e menos empolgante. Ainda assim a concentração de talento que a direcção desportiva e o donheiro conseguiu reunir no mesmo balneário torna aquele clube à prova de treinador.
Quanto a individualidades, nem aí o Benfica se pode iludir, as suas jóias - Simão, Rui Costa, Petit e Nuno Gomes - estão quase todas na curva descendente da carreira (excepção de Simão) e não são comparáveis ao potencial de explosão e desiquilibrio que jogadores como Moutinho, Nani e Liedson podem imprimir no Sporting, ou Lucho, Andersson e Quaresma podem incutir no futebol do Porto.
O Benfica é uma equipa banal em fim de carreira, enquanto os seus rivais têm sangue novo e talento de sobra. Portanto a pergunta óbvia ao senhor presidente que agora se recandidata é: Se o Benfica é o maior clube português, como é que pode apresentar o pior plantel, a pior equipa, e o pior passado exibicional dos três grandes?

Anti-depressivo benfiquista com urgência

Depois de um Mundial de futebol, o regresso à normalidade do futebolzinho caseiro é sempre doloroso. Sobretudo se formos adeptos incondicionais de um clube de futebol que há mais de dez anos é uma mistificação.
Por isso este ano decidi decretar a mim mesmo uma espécie de ano sabático do futebol, porque ando enjoado de futebolices, e ando mesmo muito enjoado deste meu benfiquismo galvanizado, que confesso, toma muitas vezes a ilusão pela realidade.

E a realidade é simplesmente esta: O Benfica é dos três grandes a equipa menos empolgante, menos apaixonante, menos galvanizante da última década. Ao sabor de sucessivas direcções manhosas que se servem do Benfica mais do que servem o Benfica, o meu clube vai apenas vivendo da infindável e quase inesgotável fé e paciência dos adeptos. Pois a minha esgotou-se.
Há mais de uma década que o Benfica não apresenta de forma continuada e consequente um modelo de jogo baseado em boas exibições. Passarm por lá treinadores em catadupa, jogadores dos quatro cantos do mundo, directores desportivos, presidentes e vendedores da banha da cobra, e há mais de dez anos que não me posso orgulhar de dizer que o meu clube tem classe, garra, ou um futebol de ataque e qualidade superior. Os raros sucessos e picos exibicionais foram sempre fruto da fortuna, das fraquezas adversárisa ou de um calculismo resultadista que nos deu por mero acaso do destino o único título nacional da última década. Ou seja, vivemos numa ilusão de grandeza que só sobrevive no coração de adeptos obstinados como eu. O Benfica é hoje um clube pobre de espírito, de ideias e de liderança, com reflexos óbvios no que se vai passando no relvado. Quando a presidência é apenas disputada por um homem que noutro grande clube europeu já teria sido corrido à lençada, é sinal que algo vai mesmo podre no reino da Dinamarca, e que os sócios do Benfica já se contentam com balelas e terceiros lugares.
Mais do que a ruinosa e interesseira gestão desportiva dos últimos anos, o que cava a moral deste Benfica é o conformismo que aceita o Sr. Vieira como "grande presidente", o senhor Veiga como grande "director desportivo" e o Engº Santos como grande treinador, e aquela equipa como "grande equipa".
É tudo treta, é tudo mas é uma valente merda, perpetuada por essa crendice clubista, que acredita que agora é o Rui Costa é que vai salvar a jangada do naufrágio certo. Pobre Rui, em má-hora regressaste a esta casa usurpada e que nada tem a haver com aquela que deixaste há mais de uma década. Eu queria um novo Benfica, ambicioso e com raça, com uma direcção forte e com visão estratégica e queria que o meu clube jogasse bom futebol, será que é pedir assim tanto, se calhar é.

Palavras para quê? Excelente 1ª página!

E Anderson foi para o meio...


Pesando o facto de o Hamburger SV ser de facto fraquinho, o Porto arrancou ontem uma boa exibição. Gostei muito e não foi apenas pelos golos. Jogou bem, como equipa. Gostei do Fucille - Bosingwa não voltará a calçar tão cedo - Anderson excelente, e o Postiga continua a surpreender-me! Uma nota para Bruno Moraes, altruísta e irreprensivel nos poucos minutos que esteve em campo. Assim já gosto mais, sem medos!

terça-feira, outubro 17

Reforço

Tudo à procura de reforços no estrangeiro e ele aqui tão perto...

P.s.-Um grande abraço ao jogador visado ;)

segunda-feira, outubro 16

O Estado da Nação

O F.C. Porto anda a jogar que é uma desgraça...já sei que os jogadores não estão ainda adaptados ao novo sistema táctico, mas nada justifica as miseráveis exibições dos ultimos 3, 4 jogos. E digo miseráveis, mas refiro-me apenas às 2ªs partes, pois as 1ªs partes nem chegam a ter essa qualificação, aquilo nem futebol se pode chamar.
Começam-se a confirmar pois as minhas piores perspectivas quanto ao senhor professor...é um treinador "à antiga portuguesa". Medroso por natureza, vistas curtas por opção.
O recente caso Bosingwa é já um sinal de que as coisas no balneário não vão bem. Mas não vão bem pelos jogadores andarem às turras uns com os outros - isso é nos piriquitos, mais a sul... - mas sim porque o treinador não se consegue impor. A verdade é que Jesualdo é daqueles treinadores que dá no Braga ou no Boavista ou no Guimarães, clubes com legitimas aspirações, mas que ainda não passam disso mesmo, de meros aspirantes...clubes em que o "quase" é motivador e que o anti-jogo e a mentalidade ultra-defensiva é justificável. No Porto isso não dá.
Jesualdo insiste em dar a titularidade a Quaresma, mesmo quando já está visto que a cabeça do ciganito não está bem e os indices de confiança e motivação estão baixinhos, baixinhos...insiste depois em por Anderson nas alas, um puro desperdicio de um talento que pede "meio! meio!" para rebentar...
Finalmente há o medo da europa, onde à ultima hora se alteram rotinas que já por si ainda não estão nem de perto nem de longe consolidadas, para se dar "mais consistencia à defesa"...
Já não sei o que diga...qualquer dia ainda sou perseguido pelos superdragões de tanto mal que aqui digo do clube...mas se é verdade que os anos dourados de 2003 a 2005 se deveram em grande parte a Mourinho, não menos verdade é que foi com o Porto que ele conquistou aquilo que persegue sem sucesso com o Chelsea, logo alguma coisa o Porto também teve a ver. E esses anos dourados criaram mais exigência, mas pelos vistos só nos adeptos: desportivamente vamos de mal a pior - ganhámos o ano passado ao calhas -, e financeiramente estamos como em 2003 - para não arriscar dizer, pior...

Quanto aos outros:
O Sporting, desculpem, a mega-equipa-melhor-de-todos-os-tempos-real madrid de portugal-incubadora de génios, anda na euforia do costume...se é impossivel escamotear o talento e classe de Nanni e João Moutinho ou mesmo de Miguel Veloso, isso não significa que o Sporting seja afinal tão temível como os seus adeptos fazem pensar. A verdade é que lá vão ganhando, à rasquinha e com uma pitada de sorte aqui e ali, com golos deste, daquele e do outro...Para a semana logo se vê (aposto num 0-0).

O Benfica...nem sei. Gostei de ver o Fernando Santos apanhado em flagrante a dormir durante o jogo de sabado. Não me parece que ande melhor que o Porto e o Sporting. Tem alguns bons jogadores - Micolli é de facto um jogador de classe superior à liga Bwin - mas que jogam pouco no relvado e muito no estaleiro.