segunda-feira, outubro 31

9ª Jornada - Liga Betandwin 2005/06


F.C. Porto 0-0 Vitória Setubal


Naval 1º de Maio 1-1 S.L. Benfica


Boavista F.C. 2-2 Sporting C.P.

Para que conste

Penalty ESCANDOLOSO sobre Jorginho no F.C.P. x Vit. Setubal.

Falta de Beto não assinalada que dá origem ao 2º golo do Sporting (os mártires das roubalheiras...)

quarta-feira, outubro 26

Dias da Cunha

"Dias da Cunha entrou no futebol de leão e saiu de sendeiro, nada mais deixando de memória do que um rasto de confusas boas intenções e trapalhada mental. Disse que vinha para combater o «sistema» e acabou de braço dado com Luís Filipe Viera, que representa o poder actual no «sistema»,emassociação com Valentim Loureiro—denunciado por Dias da Cunha comoum dos dois chefes do mal. E, se finalmente acabou a reconhecer que «o Benfica é levado ao colo», foi ele quem o levou de braço dado até ao beijo da morte. Debalde procurou vilanias do lado de Pinto da Costa e, embora as visse vir do outro lado da Segunda Circular, não conseguiu estabelecer uma simples associação entre causa e efeito. De facto, para o final, já só conseguia meter os pés pelas mãos e fiel aos seus moinhos de vento e à sua inútil zaragata permanente, acabou a substituir o «sistema» pelos jornalistas, como origem de todos os males penados pelo Sporting. Mas havia uma luz ao fundo do túnel e, cambaleante, ele enfiou por lá: era a porta da saída."

Miguel Sousa Tavares in A Bola

segunda-feira, outubro 24

Pontapé na Crise


Pimba! Pontapé à bicicleta na crise

E pronto! Apesar da comunicação social querer à força inventar uma crise no Porto, a dita morreu à nascença.
Lenços agora só azuis.


Pedro Emanuel ajuda a pontapear a crise

Com Pedro Emanuel a comandar a defesa, Paulo Assunção a limpar o meio campo e Quaresma a titular a música é outra!


Shhhh! O Adriaanse fica.

8ª Jornada - Liga Betandwin 2005/06


S.L.Benfica 2-0 Estrela Amadora


Nacional 0-1 F.C.Porto


Sporting C.P. 2-2 Gil Vicente

domingo, outubro 23

Ah... Betandwin!!!

Julguei que fosse publicidade àquele HIRUDOID!! Porque iridoide também não se escreve iridoide mas sim HIRUDOID... Fiquei a pensar que Betadine tambem se escrevia Betandwin. What a silly can't ;-)

sábado, outubro 22

Xavier, Ronaldo, e agora?

Parece estar tudo contra os jogadores Portugueses em terras de "deles" magestade!
Esperam-se já mais primeiras do The Sun para os próximos dias: Segunda Feira-"Ricardo Carvalho caught on drug raid" Terça Feira:-"Paulo Ferreira in jail after suspition of under-age sex" Quarta Feira: José Mourinho questioned by Interpol on suspition of terrorist support!".

sexta-feira, outubro 21

A vantagem da consistência

Depois das trapalhadas que marcaram o início de época, e alguns erros de palmatória de Koeman, o Benfica "renasceu" com uma solidez e uma dinâmica de jogo que estão a "anos-luz" do futebol produzido durante a era Camacho e Trapatoni.
Três palavrinhas explicam o "renascimento": Consistência, confiança e adaptação.
Consistência defensiva de uma equipa que já está mecanizada e rotinada e que "seca" por completo as manobras ofensivas adversárias (o Porto e o Vilareal foram autenticamente algemados), consistência que se deve não só à melhor defesa do campeonato português, com uma dupla de centrais de excepção, um lateral-direito fogoso e um lateral esquerdo que não compromete. Consistência que se deve á verdadeira chave de ouro do futebol do Benfica, e a dupla que, na minha opinião, nos deu o título o ano passado - Petit/Manuel Fernandes. Não vou repetir o que aqui escrevi na época passada sobre a importância deste dueto, mas peço-vos para os compararem com as duplas disponíveis nos rivais - Custódio e Luis Loureiro no Sporting e Raul Meireles e Paulo Assunção no Porto. Antes de crucificarem as respectivas defesas, como fazem tão habitualmente, os amigos sportinguistas e portistas deviam responsabilizar os seus centro-campistas que não defendem e não pressionam.
O Benfica recuperou a sua consistência graças a uma subida de forma de Manuel Fernandes, à entrada endiabrada de Nélson, de longe a melhor aquisição até ao momento (ainda estou à espera de Karagounis que já deu as primeiras notas) e à pontaria estranhamente afinada do Nuno Gomes. Bastou isso e Koeman estabilizar o seu modelo de jogo e os seus intérpretes para os resultados aparecerem sem necessidade de assobios ou lenços brancos que há mais de dois anos não se vêm na Luz (ainda antes de ganharmos o campeonato, Trapattoni só foi assobiado algumas vezes).

Sem pressão, com uma equipa que se sabe adaptar às necessidades do jogo, com um plantel claramente reforçado em relação ao ano passado, o Benfica tem um modelo de jogo construído de trás para a frente, como o Chelsea de Mourinho e todas as grandes equipas modernas, só lhe falta mesmo é a frente, porque apesar de tudo ainda não acredito na eficácia e na capacidade dinâmica do ataque encarnado, e acredito que ainda vamos perder, ou empatar muitos jogos.
Mais uma vez, tenho a certeza que o título é uma questão a três entre o Benfica, o Porto (se o Malvado for para treinador, ou se o senhor Adriaanse o escutar) e claro o Sporting ... mas o de Braga, que para o outro só mesmo um milagre.

Fazer das tripas Adriaanse


Os tripeiros começaram a cantar de galo cedo de mais. E o treinador fantástico e a equipa fantástica já viram lencinhos brancos, graças à lição de futebol que o Benfica deu no Dragão. Nem foi preciso uma grande exibição para deitar por terra uma equipa meio maluca e sem respeito pelos seus adversários. Foi o próprio Adrianse que explicou a razão dos seus insucessos com equipas “menores” após a vitória sobre o Inter de Milan, o douto holandês explicava porque é que finalmente tinha optado por uma táctica mais defensiva com um trinco de raiz como o Paulo Assunção :”Fizemos isto porque o Inter de Milan é a primeira equipa com que jogamos que é melhor que nós”! É esta soberba disparatada que vai fazer o Sr. Adrianse morrer pela boca como o peixe.
Primeiro o Mcarthy não joga por causa das tranças, depois já joga porque não há alternativas. Vou-me embora se me acenarem com lenços – os lenços eram dos benfiquistas (isto só rir), para palhaço falta-lhe só o nariz vermelho.
Pois é, acontece Sr. Adrianse, que os campeonatos em Portugal não se ganham só a bater as equipas que são melhores que nós, também é preciso bater as mais fraquinhas, como aquela que por acaso é campeã nacional, e foi ai ao Dragão mostrar ao senhor como é que se monta uma estratégia para um jogo e como é que se mete um Portinho xoxo no bolso, e nem sequer custou muito, nem sequer foi preciso grande exibição.
No jogo com o Inter, o Sô Adriaanse recuperou um pouco de crédito, mas ou muito me engano, ou paira sobre si uma nuvem muito ameaçadora, estilo aquela que andou sobre Alvalade. Se eu fosse a si começava a ter mais respeito pelas outras equipas e seguia os prudentes conselhos do camarada Malvado, seguia-os integralmente. Jogue com um trinco, e se for preciso jogue com dois, que cá por estas bandas não se ganham campeonatos se o meio-campo não souber defender.

Os linchamentos populares de Alvalade

Acho que pela primeira vez se assistiu em Portugal a um processo sumaríssimo de linchamento público de um treinador e de uma direcção de um clube de futebol. A turba associativa do Sporting mostrou que é tão aristocrática como um taberneiro e comportou-se como a verdadeira povaça dos linchamentos. Comparados com estes gajos, os adeptos do Benfica quase parecem elegantes senhores da alta sociedade. Foi a escumalha, acicatada e ajudada pela deplorável imprensa da especialidade que colocou o nodoso pescoço de Peseiro numa figueira e puxou o nó até ao estrebucho final. Foi a mesma escumalha ululante e a jornais de sangue que enevoaram por completo a visão por vezes lúcida de sportinguistas correctos, que amam o seu clube, e que sabem que a crítica e o descontentamento não se devem confundir com banditismo organizado.
Bons sportinguistas, como aqueles que temos os prazer de ter aqui no Sobola, deixaram-se ir com o coro da matilha, e raras vezes tiveram a prudência e a frieza de identificar quais são os reais problemas do Sporting, que transcendem os resultados da equipa de futebol, ou a competência do seu treinador.
O que aconteceu no Sporting foi um autêntico golpe de Estado, e o poder caiu na rua, guilhotinaram-se cabeças e fez-se uma autêntica caça às bruxas, que promete não acabar tão depressa.
É incrível como é que em tão pouco tempo desmorona um edifício de que os sportinguistas se orgulhavam, e de que se gabavam com ares de superioridade em relação aos clubes-plebeus:

- Há bem pouco tempo, o Sporting era o clube, que tinha a gestão mais moderna e racional, que tinha, correctamente apostado no saneamento financeiro do clube, mesmo com eventuais prejuízos desportivos. A mesmíssima gestão que não entrava em loucuras e que preparava um projecto de futuro, sustentado na “cantera” de Alcochete, tentando criar uma espécie de Ajax à portuguesa.

- Há bem pouco tempo, a equipa principal era a que apresentava o melhor futebol em Portugal, a que fazia a melhor pressão alta na Europa, sei lá, um “dream team” construído pelo novo Mourinho que seria José Peseiro. A memória lagarta é curta. Gostava de saber se ainda se conseguem lembrar do treinador que antecedeu o Peseiro, e do tipo de futebol que praticavam?

Assim a conferência de imprensa da passada terça-feira, com o anúncio da demissão de Peseiro constitui uma página negra na história de um clube centenário, precisamente no ano do seu centenário. A turba venceu, e já se sabe quando o poder cai na rua, tudo é possível. Ao contrário dos sportingustas fanáticos e dos comentadores profissionais, julgo que Dias da Cunha mostrou ser um verdadeiro senhor e ter uma fibra de seriedade que muita falta faz ao nosso futebol cheio de intrujões e falsários. Da mesma forma que acho de ultrajante injustiça e indecorosa a forma como se escorraçou José Peseiro, que é também um homem sério e que merecia o respeito de todos os homens sérios e de bem, sportinguistas ou não.

Para mim as razões da injustiça e da precipitação são óbvias:
- O Sporting construiu no ano passado uma excelente equipa, apresentou um futebol como não praticava há muitos anos, veloz, moderno e orientado para uma filosofia de ataque. Fez aquilo que qualquer clube de futebol com a dimensão do Sporting deve fazer pelos seus adeptos – deu-lhes prazer e orgulho. Só não lhes deu títulos “o sustento dos treinadores”, e pior deixou-os à beirinha dos títulos. Para quem tem memória curta, o Sr. Peseiro levou o Sporting a uma final europeia quarenta anos depois… eu repito QUARENTA ANOS depois, e mais, levou o Sporting a lutar pelo título até à última jornada, um título que recordo também, o Sporting só conquistou por duas vezes nos últimos 25. Eu repito por duas vezes nos últimos 25!
E há mais, em apenas 16 meses o Sr. Peseiro teve a coragem de lançar um punhado de novos valores na equipa principal, como a jóia Moutinho, como Custódio, ou até como Nani e Varela que podiam lutar por um lugar no onze este ano. Mas há mais. O Sporting perdeu este ano um senhor chamado Rochemback, o único jogador de verdadeira classe internacional e peso (às vezes até demais da equipa), e além disso ficou sem Hugo Viana, que foi importante em muitos bons momentos no anos passado, e Enakarire, o melhor central leonino e Pedro Barbosa, o jogador que podia mudar o destino de um jogo. Tudo para ficar com um Liedson contrariado e com um plantel claramente desiquilibrado, que nem as entradas de Wender e João Alves vieram resolver. Depois é bom nem falar da onda de lesões, que obrigou o Peseiro a inventar, o que quase sempre lhe corre mal. Mas a verdade nua e crua é que o Sporting não tem equipa para aspirar a mais do que lutar por um lugar na Liga dos Campeões, e por isso acho que a onda de contestação começou num jogo com o Setúbal (que ganharam) e nunca mais deixou de pairar uma pressão inadmissível sobre uma equipa que venceu o seu principal rival e que estava perto da liderança do campeonato. O desaire com o Halmstad acontece nas melhores famílias, e com a Udinese é consequência natural da superioridade italiana. Por isso não vejo drama nenhum a não ser na mania das grandezas típica da lagartada. Têm a mania que são o Real Madrid, e que têm de ganhar todos os anos.
Ora, nem o Real Madrid ganha todos os anos e nem o Sporting tem dimensão suficiente para ser um clube sistematicamente ganhador. Exigir isso como fazem os sportinguistas constituiu uma pressão que tem efeitos perversos, como o Sporting e o meu Benfica tão bem sabem. O Sporting não aprendeu com os erros no passado e parece estar disposto a embarcar já na cantiga do bandido e a aclamar o primeiro vendedor de promessas que aparecer a dizer – Vamos ser campeões.

O que é muito engraçado nisto tudo é que o que os sportinguistas agora queriam era um treinador que ganhasse à rasca como o Trapattoni, e uns dirigentes meio intrujas como o Luís Filipe Vieira e o outro sócio.
Era no fundo isso que os sportinguistas queriam.
Queriam era ser o maior clube de Portugal, lamentavelmente o cargo está ocupado com carácter vitalício. Sapateiro fica-te pelo sapato.
De qualquer forma, desejo as melhoras ao lagarto ferido, porque nisto de crises, o melhor é não gozar, porque nunca se sabe quando é que nos bate à porta.

Como mudam as coisinhas

Nem foi preciso esperar pela 10º jornada para vos esfregar a carantonha.
Com que então amigo Xano: “Nenhum sério candidato ao título começa o campionato assim!!! Em 15o lugar... A 8 pontos!
Se perderem mais 2 ou 3 joguitos começem mas é a pensar em não descer! Ou a afirmação não é séria ou vocês não são de maneira alguma candidatos ao título!!
Oh Pelé não te empolgues tanto.. ainda devem ser remeniscencias da victória do campionato do passado ano!!”
Pois é, pois é. Ou então um prudente conselho do amigo Malvado: “Pelé...larga a droga.” Corria o dia 15 de Setembro de 2005, e a lagartada e a dragonada andava a modos que galvanizada, num fenómeno fisiológico que em bom futebolês se chama de ejaculações precoces, não passou sequer um mês, e bastaram 4 jornadas para mostrar que aqui o profeta Pélé estava carregadinho de razão (como habitualmente em matéria de futebol), e que o clubismo não o cega, relembro só o que eu escrevia, que ganha uma nova pertinência à luz dos recentes acontecimentos: “Quanto ao Porto teve azar, mas mostrou que está a construir a melhor equipa portuguesa (pelo menos até a táctica do Koeman estar pronta), falta só limar algumas arestas e esclarecer alguns equívocos. Tenho a certeza que o Benfica e o Porto são os únicos candidatos sérios ao título, o Sporting é só conversa e vão rapidamente perceber a falta que o Rochemback faz.”
Eh, eh, eh, é tão bom ter razão, sobretudo quando a razão é lampiona! Mas folgo ver que os meus camaradas Malvado e Vasco já entraram num correcto exorcismo identificando alguns males dos seus respectivos clubes, a crise transferiu-se para o outro lado da 2º Circular e quase que chegou ao Porto em apenas duas semanas. É obra!

quinta-feira, outubro 20

Tolerância Zero Parte II ou Crise morta à nascença ou À 3ª Jornada viu a luz

(continuação...)

Ponto 1 - Resolvido - Pedro Emanuel a titular a organizar a defesa.
Ponto 2 - Resolvido - Paulo Assunção entrou, jogou, destruiu e fez jogar e soltou o Lucho.
Ponto 3 - Resolvido - Titularidade de Marek Chec e Quaresma, Jorginho a nº 10.
Ponto 4 - Resolvido - Escolhido o melhor onze.

Há que manter frente ao Nacional e ganhar ao Inter em Italia, e será levantada a tolerância zero.
Obrigado Adriaanse por teres deixado de ser casmurro.


"Quero ouvir essas palmas!"

P.S. Sei que tivémos leita nos golos, mas além de termos feito por isso, a verdade é que em termos de saldo sorte/azar na Champions ainda estamos em déficit.

terça-feira, outubro 18

Peseiro fora mas...

Para "melhorar" a situação o Dias das Cunhas resolveu assumir a pasta do futebol sozinho!!! A tactica para o Gil Vicente vai ser um 2-3-5. Agora o Dias tambem resolveu culpar a comunicação social e realmente tem razão porque os maus resultados verbais são uma constante nas suas performances jornalísticas deixando envergonhada a massa assossiativa e adeptos.
Resta-nos esperar por melhores Dias e Cunhas!!!

O Sporting sobreviverá... Saudações Leoninas!

segunda-feira, outubro 17

7ª Jornada - Liga Betandwin 2005/06


F.C.Porto 0-2 S.L.Benfica


Sporting C.P. 0-1 Académica

Tolerância Zero

Apesar de só poder fazer um juízo final 4ª feira pelas 23.00, estou extremamente decepcionado com o holandes que nos calhou.
Se é verdade que com a nossa defesa não há treinador que resista - e a prova disso está que o Benfica ganha com dois golos oferecidos, tendo o seu marcador uma eficácia de 100%, pois não rematou mais vez nenhuma à baliza - também não é menos verdade que não se pode culpar exclusivamente os centrais mas uma táctica que se tem mostrado completamente suicida.
Os centrais são fracos, o Alves - tenho de dar a mão à palmatória - é um verdadeiro asno, pé-de-chumbo. Mas se olharmos para a disposição tactica do Porto, depressa nos apercebemos que falta algo que o Porto sempre teve: um carregador de piano defensivo que varra a zona defensiva pré-centrais, um João Pinto, um Paulinho Santos, um Paredes ou um Costinha...quer dizer, falta não, o Co é que teimosamente se recusa a dar a titularidade ao Raul Meireles ou ao Paulo Assunção, por exemplo.
E eis-nos chegados ao fulcro da questão: a teimosia casmurra de Co Adriaanse. A sua filosofia de jogo é de apoiar, adoro-a: uma equipa de ataque, que jogue para o espectaculo, para o golo e não se remeta unicamente ao "ferrolho", ao não deixar jogar. No entanto, da filosofia à prática vão uns bons kilometros:
1. É incompreensível a casmurrice de excluir da equipa Jorge Costa e teimar em não devolver a titularidade a Pedro Emanuel. É um facto que Jorge Costa, com 34 anos, já está na fase descendente da sua carreira, mas continua a ser uma voz de comando e de experiência que, numa fase de renovação, se mostra como uma mais-valia na educação táctica dos jovens centrais (por mais maus que sejam). Já Pedro Emanuel não sendo um central de sonho, é um defesa experiente e já com uma boa cultura táctica, incapaz de cair em puerilidades como aquelas que Ricardo Costa e Alves insistentemente caem;
2. A ausência de trinco/médio defensivo. Co Adriaanse previligia o ataque, já se sabe. Daí até se entender que prefira usar dois extremos adaptados a laterais. No entanto, para que faça sentido essa opção tem de ser acompanhada pela inclusão na equipa de um (ou dois) trincos, médios defensivos de raiz, que fiquem para trás e que sejam capazes de fazer as dobras nas alas ao mesmo tempo que como que filtram a zona média do meio campo do Porto, ou seja, um jogador que faça o que Petit faz tão magistralmente no Benfica. Isto parece-me tão óbvio como disparatada a solução de insistir em pôr à frente dos centrais dois médios ofensivos...o que nos leva ao ponto
3. O subaproveitamento de jogadores que jogam fora das suas posições. Se as apostas de Cesar Peixoto e Bosingwa me parecem acertadas pelos factos que referi acima acrescidos do facto de ambos não terem lugar nem serem especialmente virtuosos nos seus lugares de raiz, já me parece completamente disparata a escolha de por Ibson e Lucho a jogar à frente da defesa! Estes dois jogadores são de facto grandes jogadores mas claramente ofensivos. Ou seja, na prática o eixo defensivo do Porto é hoje constituido por apenas dois centrais e 4 médios ofensivos, jogando o Porto numa nova espécie (completamente suicida) de 2-4-3-1...e o que é que isto dá? Golos, muitos golos...mas na baliza de Baía...
No entanto este subaproveitamento não é feito apenas na defesa: basta citar a titulo de exemplo o caso de Jorginho, um puro nº 10, relegado para as alas onde está inconfortável, dando como resultado o tendencial descair para o centro desaproveitando as linhas;
4. As incompreensíveis apostas de titularidade e a suas repercussões no balneário. Aqui é a maior decepção do trabalho de Adriaanse. Chegou como sargentão, para disciplinar e impor a todo o custo a sua ideologia. Percebeu-se numa primeira fase o não apostar em Quaresma e a aposta em Postiga, que andava moralizado pelos lados da selecção. No entanto, de repente relegou Helder Postiga para o lote de não-convocados, tendo inclusivé preferido a certa altura a inclusão desastrosa dessa ameba que dá pelo nome de Sokota...Quanto a Quaresma não é preciso ser holandes para perceber que é um dos, senão o mais, talentoso jogador de todo o plantel portista, é um anarca é certo, mas um anarca que levanta bancadas e que resolve jogos...acho que o puto já percebeu que tem de jogar com a equipa, não é preciso continuar a deixá-lo jogar só 10 ou 15 minutos por jogo!
Depois temos esse fenómeno que dá pelo nome de Alan. Acho que é um bom jogador de banco, rápido, óptimo para entrar (este sim) a 10 minutos do fim quando o adversário já está cansado, mas nunca a titular!
Outro caso foi o de Nuno Valente, uma estupidez tão grande que me recuso a comentar...
McCarthy. O gajo está em baixo de forma, o Hugo Almeida está num pico. Porque é que joga um e não o outro? Mistérios de Co...
Obviamente que tudo isto desmoraliza um jogador, que começa a ponderar esforçar-se se por mais que o faça, nunca é premiado...


Assim, tenho a dizer que (ainda) não puxei do lenço branco, mas que o holandes tem agora para mim tolerância zero e explico porquê: a estratégia falhada contra o Benfica pode ser reflexo de uma preparação para um jogo verdadeiramente decisivo que é o do Inter e que ditará a continuação ou não na Champions.
No entanto, ou Adriaanse ganha os dois jogos com o Inter ou rua com ele imediatamente, sem lenços, nem confianças, nem nada, rua e pronto.
Proponho que seja Jorge Costa o treinador do Porto. Ama o clube, conhece o futebol portugues e sabe uma verdade incontornável: não há lirismos, uma equipa constrói-se de tras para a frente, pois o objectivo de um jogo é, como Adriaanse disse, marcar mais golos que o adversário, mas se a bola não pára nos centrais e nos trincos para depois chegar aos avançados, só se sofrem golos e só por muita sorte é que se marcam.