segunda-feira, junho 12

Pé canhão - Os Mourinho boys e os outros

A procissão ainda vai no adro, e o Mundial arranca quase em ritmo de aquecimento, mas já é possível destacar alguns jogadores que se destacaram nesta primeira ronda. Curiosamente dois deles são extremos e jogam no Chelsea de Mourinho, o que coloca a questão: O que é que o Simão vai para lá fazer - resposta, aquecer o banco!

O primeiro é Arjo Robben, o holandês que encheu o campo de magia e velocidade no jogo contra a Sérvia-Montenegro. As suas mudanças de velocidade, capacidade de desmarcação e "faro" pela baliza fazem dele um extremo temível, capaz de gerar desiquilibrios e pavor em qualquer defesa. Espero que se apanharmos a Holanda nos oitavos, Scolari prepare já um tratamento especial para o endiabrado holandês. Paulo Ferreira que o conhece bem, pode já ir estudando a marcação cerrada, porque com um diabo laranja destes, Miguel e as suas descidas pelo flanco, podem abrir a porta a Robben.

O outro é Joe Cole, um ariete naquele que eu considero ser o melhor meio-campo do mundo - Gerrard, Lampard, Beckham e Cole. O pequenote é um autêntico furacão, com as suas diagonais nas costas dos avançados a baralharem as marcações adversárias. Irrequieto e tecnicamente superior, Cole foi o melhor "bife", com a tranquilidade que dá ter as costas quentes, já que tem na rectaguarda um senhor cgamado Ashley Cole, que eu acredito ser o melhor lateral-esquerdo do mundo.

Riquelme, é um número dez à moda antiga. Brilhante a forma como organizou o jogo contra a espectacular e veloz selecção da Costa do Marfim. O argentino é daqueles maestros que sabe quando acelerar o ritmo, meter a pausa, e ordenar a circulação de bola. Depois quando menos se espera, rasga a defesa adversária com passes milimétricos para uma dupla de avançados de respeito: Crespo e Saviola. Mas eu ainda estou à espera de ver o menino-prodígio Messi e Carlitos Tevez, o corinthiano que cheira-me, será uma das revelações deste campeonato.

Por fim, Figo, merece para já estar no top dos melhores jogadores deste Mundial, pela forma refinada e categorizada como empurra o jogo de Portugal para a frente. Com Figo, a equipa das quinas ganha aquela dimensão de classe das grandes selecções. Um luxo.