domingo, junho 11

Pé canhão - Pré-Portugal

É hoje que Portugal sobe ao relvado de Colónia para iniciar a sua longa (esperamos) caminhada neste Mundial de Futebol. Os portugueses estão desde já divididos entre dois grandes facções – os pessimistas crónicos e os optimistas insanos. Os primeiros acreditam que vamos ter uma participação desastrosa e ser cilindrados por Angola, Irão e México. Saindo vergonhosamente e de nariz cabisbaixo como aconteceu na Coreia.
Os segundos, são os fanáticos da ilusão e já nos imaginam na final a vergar o poderoso Brasil. Cá por mim, acho que expectativas moderadas e realistas são sempre o melhor tónico para ir vendo os jogos. Julgo que se o nosso “quadrado meio-mágico” funcionar – Deco-Figo-C. Ronaldo-Pauleta – temos condições para vencer com à vontade Angola, para suar as estopinhas com o Irão (selecção difícil para o nosso modelo de jogo) e para gerir o resultado com o México. Depois disso é sempre a doer, e cá pelas minhas contas, sai-nos a Holanda nos oitavos, (e podemos passar) e a Inglaterra nos quartos, e acho que aí é que vamos ficar pelo caminho. Os bifes têm uma selecção bem mais poderosa que há dois anos, e se Rooney recuperar como deve ser, são favoritos.
Seu Scolari disse que o seu objectivo era chegar aos quartos, depois disso tudo pode acontecer, acho que é uma perspectiva realista, a não ser que se abata sobre a selecção aqueles estranho síndrome de Fernando Mamede que tantas vezes deita por terra as nossas mais legítimas expectativas.
Mais do que bons resultados, espero de Portugal boas exibições, porque para torcer a sério pela vitória no Mundial tenho a minha selecção “mundialeira” de sempre – o fabuloso escrete, que desde 1982 – o primeiro mundial que me lembro de ver – sempre foi a segunda selecção do meu coração.
Força Portugal, força Brasil e força Angola (excepto hoje), chamem-me neo-colonialista, mas em português nos entendemos na paixão pelo futebol.