segunda-feira, maio 9

Ripa na Rapaqueca

Muitos viam-no como um ridiculo, que apenas tornava os relatos da bola numa grande palhaçada...nada mais falso.
Jorge Perestrelo dava vida e emoção a todos os jogos que relatava, mesmo que por vezes tal fosse o mais distante da realidade possível.
Vou ter saudades dos "o qué quéisso ó meu?", "ó camarada!", "essa até eu com a minha barriguinha marcava" e como não poderia deixar de ser "riiipa na rapaqueca"...
Tenho pena de não voltar a ouvir aquelas sambadas e dizeres como só mesmo este mestre do relato o sabia fazer.
Morreu sem ver o seu clube - sim, ele era do Benfica - ser campeão outra vez e, ironia das ironias, as suas ultimas palavras foram de celebração de um golo do sporting...o que realça outra virtude deste amante do desporto-rei: a capacidade de sofrer emotivamente com os clubes do seu país, mostrando que se pode gostar de futebol sem sofrer de clubite aguda.
Um grande abraço.


Jorge Perestrelo 1948-2005

http://www.tsf.pt/online/desporto/interior.asp?id_artigo=TSF161105
(do lado direito clicar em "memórias")

1 Comments:

Blogger Rui Pelejão said...

que descanse em paz, que agora a rádio fica mais caladinha. è pena,

11:22 da tarde  

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